Por Luiz Carlos Amorim – Escritor,
editor e revisor, Cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras – Fundador e
presidente do Grupo Literário A ILHA, com 38 anos de trajetória. http://lcamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br
Pierre
Aderne é cantor, compositor, produtor, apresentador, poeta (escritor, na
verdade, porque ele não escreve só poemas, ele é ótimo cronista, também). E ele
é um grande divulgador da música brasileira, mas não só: da música brasileira,
da música portuguesa, da música caboverdiana, americana, da música como um
todo, enfim, da musica mundial. Ele sempre fez tertúlias musicais, saraus na
imtimidade da sua casa, reunindo cantores e compositores, desde que morava no
Brasil. E continuou a fazer isso depois que mudou-se para Portugal, levando o
conceito para outros países, como Polônia, Estados Unidos, Japão, França, Espanha.
Esse
conceito novo, que não é tão novo, mas foi valorizado e renovado por Pierre, de
reunir cantores de nacionalidades diversas, para cantar, tocar e ouvir músicas
no aconchego de casa, com muito vinho e boa comida, uma verdadeira confraria de
amigos da música, consagrou-se como a marca registrada de um novo tipo de
espetáculo. Pierre o chamou de RUA DAS PRETAS, depois de morar por alguns anos
na Rua das Pretas, uma transversal da Avenida da Liberdade, em Lisboa. Ele
recebia lá cantores brasileiros, portugueses, caboverdianos, americanos,
ingleses, franceses, etc. e a casa ficou pequena. Então a RUA DAS PRETAS foi para
um espaço maior, para poder receber amantes da boa música que gostariam de fazer
parte da tertúlia, como espectadores. Como se a gente recebesse cantores para atuarem
ao vivo na sala da nossa casa. E deu
certo. A tertúlia de Pierre já faz parte do calendário de espetáculos de Lisboa
e está no roteiro de turistas de todo o mundo que vão lá para ouvir boa música:
música brasileira, música portuguesa – não falta o fado – e música de todo o
mundo.
Como disse
André, do Expresso de Lisboa, “o desafio é entrar num palacete em pleno
Príncipe Real, bairro nobre de Llisboa, receber um copo, conhecer pessoas novas
e ouvir musica ao vivo, sem microfone, sem caixas de som. Pierre Aderne e
Daniela Cristina são os anfitriões, mas com ele estarão, certamente, músicos de
qualquer parte do mundo ou da cidade. É ali, no Palácio do Príncipe Real, que
Pierre recebe os seus convidados que, mal entram e sobem os degraus que os leva
à sala com lareira, recebem um copo. O vinho ajuda a contar a história. E
assim, além dos músicos, dos artistas e dos escritores, também os produtores de
vinho começaram a frequentar a Rua das Pretas. O projeto é uma festa de música
e vinho. Não é um show, mas uma festa que se faz em casa. É um formato que
promove a intimidade.”
É um
projeto de sucesso e já tem, até, seguidores. Já há projetos que copiam o
formato. Mas o orginal, mesmo, é RUA DAS PRETAS. Pela tertúlia já passaram mais
de 140 artistas portugueses e estrangeiros, mais de quatro mil pessoas já
assistiram o espetáculo intimista ao vivo e já foram abertas cerca de duas mil
garrafas de vinho. Só no período em que ele está sendo levado no Palácio do
Príncipe Real, coisa de quase dois anos.
Recentemente,
foi lançado o CD RUA DAS PRETAS – Wine álbum, também um conceito novo que
Pierre já havia usado com o seu disco “Bem me quer, Mar me quer”, quando uma
garrafa de vinho que tinha o mesmo nome que dava o título ao disco, acompanhava
o CD. A novidade é que, desta vez, ao invés do CD, vai haver novidade para ter
as músicas do CD. Reunindo cantores que, é claro, já passaram pela tertúlia, o
álbum é vendido nas grandes lojas, mas é oferecido, também e principalmente, em
garrafeiras, wine bars e restaurantes, vendido com uma garrafa de vinho,
produzido especialmente por uma grande marca de vinho portutuesa, Niepoort,
parceira do projeto.
RUA DAS
PRETAS, o projeto de tertúlia musical de Pierre Aderne que une música, vinho e
a integração intimista de cantores e amantes da boa música, é um sucesso
praticamente no mundo todo.
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