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quinta-feira, 11 de abril de 2019

"RIO", MEU NETO PORTUGUÊS, CHEGOU!



Por Luiz Carlos Amorim - Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 38 anos de trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. http://lcamorim.blogspot.com.brhttp://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br

Ainda não sou avô e isso me deixava um pouquinho frustrado. Já passei dos sessenta, minha filharada já se foi mundo afora, meu sobrinho que “quase” morava conosco está crescendo, se tornando adolescente e também alçou voo, agora já tem quinze anos anos e pode ficar em sua casa. E a nossa casa ficou sem barulho de criança. Outra vez.
Mas as coisas mudaram do dia 10 deste mês de abril: nasceu meu neto português, que se chama Rio, filho da filhota Daniela e de Pierre Aderne, o cantor-compositor-produtor-apresentador-escritor que apresenta a tertúlia musical RUA DAS PRETAS, em Lisboa, um novo formato de grande sucessol
Pode vir o Dia dos Avós, agora, que também será o meu dia. Avós são os pais que mimam os filhos que não são deles, os filhos dos filhos deles. Então vou de mala e cuia para Lisboa, para ficar lá um tempo e desempenhar o meu papel de paparicar o neto e usufruir da sua infância.
Eu gostava muito de minhas avós. Meus avôs não foram tão próximos: meu avô paterno faleceu muito cedo, eu ainda era muito pequeno, mas sei que ele gostava muito de nós, netos, pois colecionava guloseimas para trazer-nos quando vinha nos visitar. Meu avô materno era mais conservador, não era muito de se aproximar de crianças. Mas minhas avós eram criaturas maravilhosas. Minha vó Estefânia, a  “vó pequeninha”, era pequeninha mesmo, mas apesar de analfabeta, era uma pessoa inteligente, sábia até, eu diria, tinha muito conhecimento empírico. Era excelente contadora de histórias e encantava a gente quando sentávamos a sua volta. Como toda avó, fazia uma comidinha simples, mas deliciosa. Tenho muita saudade.
Minha vó Paula era uma mulher alta, por isso era a nossa vó Grande. Eu era menino, ainda, quando ele foi morar em Curitiba. Fez falta em Corupá, mas era bom ir visitá-la e receber a sua visita. Era carinhosa e divertida, era moderna, pois acompanhava as mudanças que o progresso traz. Como eu já disse em outra oportunidade, Curitiba perdeu a graça, depois que ela se foi.
Então, agora sou avô. Provavelmente não um grande avô, mas um avô feliz. Rio, meu neto português, acabou de chegar. E a luz de Lisboa, aquela luz única e esplendorosa, será mais brilhante ainda e mais esplendorosa, porque Rio está lá. E eu vou fazer a travessia para para estar com ele. Me aguarde, Rio. Estamos chegando, eu e sua avó, para lhe dar um beijo enorme, do tamanho da distância que hoje nos separa.

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