Por Luiz Carlos Amorim – Escritor,
editor e revisor – Cadeira 19 da Academia SulBrasileira de Letras, Fundador e
Presidente do Grupo Literário A ILHA, com 38 anos de trajetória. http://lcamorim.blogspot.com.br
Estamos
vendo, nos últimos tempos, grandes empresas entrando em falência e fechando.
Pior, editoras e grandes livrarias estão fechando, um tanto em razão da crise
econômica que atravessamos e outro tanto pela diversificação de tecnologias da
leitura e de vendas. Vivemos uma revolução no formato do livro: e-book ou livro
eletrônico, audio-livro. Vivemos uma revolução na maneira de vender livros: não
se compra mais livros apenas nas livrarias, agora compramos livros em sites, em
lojas virtuais, pela linternet, que entregam o livro em nossa casa.
Duas das
maiores redes delivrarias brasileiras pediram recuperação judicial, com dívidas
em torno de um bilhão de reais. Outras redes de livrarias estão tomando o lugar
delas, mas a crise é mundial. Constata-se que a dificuldade é dos vendedores de
livros e não dos compradores, pois o livro continua a ser comprado, até com uma
discreta melhora na quantidade. E acredito que isto realmente esteja
acontecendo, pois além do livro físico, impresso, os e-books e áudio-livros
também estão vendendo. Então, parece que o contingente de leitores não está
diminuindo, o que está está diminuindo é a quantidade de lojas físicas. Mas
isso é uma pena, é grave.
A Câmara Brasileira do Livro contabiliza cerca de 1,4 mil
empresas do gênero. Não há livrarias em 73% dos municípios brasileiros, e naqueles
onde existem, a maioria está localizada no eixo Rio-São Paulo. 56% das
livrarias brasileiras estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste. O Nordeste
fica com 15% do total, enquanto o Norte concentra apenas 3%.
Então, apesar de sermos um país onde ainda se lê pouco, o
número de leitores não diminuiu, graças a Deus. Mas precisamos ler mais.
Leitura é conhecimento, cultura, educação. Então, que tal ajudarmos, cada um de
nós, que já somos leitores, a dar uma ajuda, fazer um pouquinho de nada, que
cada um fazendo a sua parte, o todo pode mudar, e muito? Podemos dar livro de
presente, neste Natal. Que tal entrarmos nessa campanha e incentivarmos que
nossos amigos e nossos familiares dêem livros de presente? Seria uma boa
iniciativa para que mais uma livraria não fechasse perto de nós, na nossa
cidade, no nosso Estado.
Vamos comprar livros para dar de presente? Além de incentivar
a leitura, que é uma coisa importantíssima, estaremos colaborando para que não
fechem mais livrarias. Vamos dividir essa ideia. Vamos compartilhar essa ideia.
Vamos colocar em prática essa ideia. Todos nós conhecemos pessoas que gostam de
ler, mas não compram livros porque não podem. Podemos conquistar novos
leitores, também. Então mãos à obra. Aos livros!
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