Por Luiz Carlos Amorim - Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 37 anos de trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. http://lcamorim.blogspot.com – http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br
Visitando
Lapa, recentemente, uma das cidades mais
antigas do Paraná, próxima de Curitiba,
fiquei encantando com a preservação do
centro histórico, com seu casario
português parecendo novo, de tão bem
cuidado, quando na verdade os vários
prédios são centenários. Foi um prazer
ver tantas edificações tipicamente
portuguesas tendo uma manutenção tão
eficiente, o que dá à Lapa uma beleza
sem igual.
A
cidade foi fundada em 1769 e sua origem
se deve à passagem dos tropeiros que
atravessaram a região e faziam da
localidade uma de suas paradas. Linda e
cheia de história, a cidade tem como
base de sua economia a atividade
agropecuária, porém tem atraído cada vez
mais turistas que ficam encantados com
suas ruas de pedras e suas históricas
casas coloridas.
Lapa é
conhecida como a cidade que mudou a
história do Brasil. Entre janeiro e
fevereiro de 1894, a Lapa foi palco do
capítulo mais marcante de sua história,
quando a pequena cidade resistiu durante
26 dias as tropas federalistas que
tentavam chegar a capital da recém
declarada República do Brasil. O famoso
combate, chamado Cerco
da Lapa, é um dos
capítulos mais importantes da história
nacional.
Uma
cidade tão rica em cultura e tradição
não podia deixar de ter o nome de um
grande jornalista ligado a sua história. Falo
de Francisco Cunha Pereira Filho, um dos
mais importantes jornalistas do Paraná,
que tinha relação estreita com a cidade,
pois seu avô, o médico João Cândido
Ferreira, integrou o time de heróis do
Cerco da Lapa, atuando no atendimento
aos feridos. Por isso, o jornalista
viveu sua juventude na Lapa. Ele foi
proprietário de uma rede de comunicação
no Paraná, que incluía o jornal Gazeta
do Povo e canais de TV.
O Largo
Francisco Cunha Pereira Filho, na Lapa,
exibe uma estátua do jornalista e foi
neste local que, por iniciativa e
criatividade da fotógrafa e poeta Rita
Marilia Signorini, de Florianópolis,
fizemos algumas fotos. A poeta,
encantada com a cidade e suas
personagens históricas, publicou
as fotos, minha e dela com o jornalista,
no Face, escrevendo:
“Passeando
na Lapa encontrei um banco e nele o
Jornalista Francisco Cunha Pereira
Filho. Sentei a seu lado e nossa
conversa foi sobre as maravilhas
trazidas pela revista “Suplemento
Literário A ILHA” até a Lapa (PR). O
Jornalista ficou encantado com o
trabalho fantástico que há 37 anos o
poeta, escritor e também jornalista
Luiz Carlos Amorim desenvolve e quis
conhecê-lo. Não demorou muito e lá
estavam os dois jornalistas trocando
conhecimento e emoções. Foi um lindo
momento literário a céu aberto, no
Largo Francisco.”
Foi
uma interação muito interessante com a
cultura e a história da cidade, tão
encantadora e tão rica em cultura,
integrando a literatura de um grupo de
poetas catarinenses que, por
iniciativa da poeta Chris Abreu, que
tem seus tios morando na Lapa, tiveram
o privilégio e o prazer de conhecer
lugar tão acolhedor e tão bonito. O
Grupo Literário A ILHA e os poetas da
Confraria do Pessoas têm o prazer de
trocar experiências com a Associação
Literária da Lapa, que funciona no
Teatro São João, autêntico e
centenário, o sexto teatro mais antigo
do Brasil.
Li o poema de Cora Coralina "Coração é Terra que ninguém vê" em sua coluna, mas não consegui descobri em que obra ele está. O sr. saberia me informar, por favor.
ResponderExcluirMaria do Rosário Sousa - e-mail: mrosouza2005@yahoo.com.br